Ton Sai Pura Escalada

Numa viagem de três meses pelo outro lado do mundo, Ton Sai foi o lugar escolhido para juntar escalada e viagem em família. 

Por Danielle Pinto

Viajar para fora do continente, para o outro lado do mundo, gera uma certa dose de ansiedade. Além é claro de muita alegria e entusiasmo, aquela sensação “me belisca que eu estou sonhando”. Viajar é se jogar num mar de incertezas e possibilidades. E a gente se jogou para aquele cenário de filme, mar azul, areia branca cercado por encostas e paredes de calcário. Nossa viagem em família, – eu, meu companheiro Ingo e nossa filha Alice -, começou com escalada em rocha, na península de Pra Nang, ao sul da Tailândia. Ler mais

Manutenção dos equipamentos de escalada

Os equipamentos de escalada são expostos a diversos tipos de sujeiras e elementos que podem diminuir a vida útil deles. Cuidar bem dos equipos faz parte do processo da sua segurança. Onde e como você guarda é tão importante quanto como você os utiliza na rocha. Guardar equipamentos limpos, não significa deixá-los com cara de novo, apenas guardá-los em bom estado, funcionando corretamente,  livre de sujeiras, em locais arejados e longe do sol. Ler mais

Dica de treino de escalada para iniciantes

A entrada da escalada como esporte olímpico (a estreia acontecerá este ano nas olimpíadas de Tokyo) tornou o esporte mais popular. No Brasil houve aumento no número de academias e muros de escalada, também já é possível perceber o aumento de frequentadores nas montanhas e falésias.

A escalada, quando escolhida como esporte regular, exige disciplina e cuidados para evitar lesões e aumentar desempenho.

O atleta profissional Cesar Grosso, que pratica escalada há 25 anos, compartilhou conosco algumas dicas valiosas para quem está começando a escalar e pretende montar um treino. Ler mais

“Color skills or hospital bills” Dicas para arrumar os equipamentos no rack

Texto Eliseu Frechou

Escalador Eliseu Frechou. Foto Lisete Florenzano.

Uma dúvida frequente de quem está iniciando na escalada tradicional, é como arrumar os equipamentos no rack, de maneira que não atrapalhe na hora de achar “aquela peça” no momento mais crucial, que é o de colocar a proteção. Junte isso a cena de um escalador longe da última costura, que está com os braços cansados e prestes a cair porque as agarras são ruins. Horror! Terror! Morte iminente!

Além da dica de organizar as peças por tamanho, saber de que lado estão os cams, as nuts, costuras pequenas e médias, há anos eu escolho mosquetões de determinadas cores para carregar equipamentos específicos. Ler mais

Tudo que você precisa saber sobre escalada em boulder e tinha vergonha de perguntar

Tudo que você precisa saber sobre escalada em boulder e tinha vergonha de perguntar

Você, a parede, e toda sua potência e destreza concentradas em apenas alguns movimentos precisos no limite da capacidade humana. Isso é a escalada em boulder. Simples. Direta. Intensa.

Das suas origens como mera ferramenta de treinamento até a modalidade mais disputada nos campeonatos de  escalada esportiva, o boulder representa hoje o esporte tanto quanto as vias guiadas ou a escalada tradicional. Ele conquistou seu merecido espaço por ser versátil, desafiador, acessível e incrivelmente divertido.

Quer começar a escalar boulder? Descubra abaixo um pouco mais sobre essa modalidade da escalada. Os boulders já fazem parte da sua rotina? Então leia algumas dicas que podem aumentar sua performance e ajudar a evitar uma lesão!

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Como voltar à rotina de escalada depois de uma lesão?

Como voltar à rotina de escalada depois de uma lesão?

Por Raphael Nishimura

No final de fevereiro tive alta médica para voltar a escalar!

Estava afastado dos treinos por causa de duas fraturas seguidas na clavícula: a primeira foi em 2017 durante uma prova de bike e a segunda foi em 2018 quando houve uma tentativa de retirar a placa e os pinos… (Leia aqui a história completa)

Longe da escalada desde agosto de 2018, chegou a hora de retomar os treinos e focar na escalada, já que pelo menos estava liberado para pedalar desde dezembro!

Nishimura e sua companheira de pedal

Bike pelo menos já estava liberado, agora é voltar a subir parede!

Mas como sair da inércia depois de tanto tempo parado e focar nos treinos de escalada e bike?

A rotina de trabalhar, manter o convívio social, conciliar o trabalho na ABEE (Associação Brasileira de Escalada Esportiva) fora do horário comercial… Não é algo fácil de reorganizar quando você fica tantos meses nesta rotina.

O que eu conseguia fazer era pedalar de leve no final de semana e um pouco de fisioterapia em casa. Eu comprei um thera-band, que é uma fita elástica utilizada para fazer fisioterapia e aquecimento para escalar.

Comprei na tentativa de fazer alguns exercícios com ele, mas adianto que a disciplina nesse ponto não era dos melhores. A questão é que fiz tanta fisioterapia em 2018 que para mim agora existe uma espécie de bloqueio para fazer esses exercícios em casa, mas para ser utilizado para ganhar força muscular é muito bom.

Rapha com sua Thera-band

Uma das minhas sessões com a Thera-band

 

Minha rotina de exercícios para voltar a escalar

Para retomar a escalada eu decidi pegar bem leve, para ganhar condicionamento físico, força e perder peso. Uma dica legal e que me ajudou MUITO e ainda estou mantendo:

Quando eu troquei de emprego e voltei a trabalhar no 14º andar, eu comecei a subir todos os dias de escada para chegar no trabalho. Paro o carro no primeiro subsolo, então são ao todo 15 andares todos os dias!

O começo foi bem cansativo, chegava ofegante no andar e os amigos do trabalho não entendiam ou ficavam assustados… Com o tempo eles se acostumaram, e até um deles resolveu subir as escadas também!

Isso me ajudou a perder peso e ganhar um pouco de condicionamento cardiovascular. Segundo meu aplicativo do celular, minha média diária são de 10 andares por dia, lembrando que não trabalho no final de semana e alguns dias trabalho em casa. Como eu subo em um ritmo tranquilo, não chego nem a suar.

Com certeza o aspecto psicólogico e a motivacão são as peças mais importantes para voltar à rotina de treinos e ter foco em objetivos dentro do esporte. Hoje eu só quero voltar à forma física, não sentir dor quando escalo e não me lesionar.

Não tenho o objetivo de escalar “números”, porém quero muito voltar a me aventurar na rocha, especificamente os grandes paredões. Minha rotina de escalada indoor ainda não está fixa, tenho mantido duas visitas por semana na 90 Graus e aos poucos sinto que a força e elasticidade estão voltando, mas a resistência ainda está bem fraca.

Rapha escalando via na 90 Graus

Eu e meu companheiro de escalada Max, um dos divertidos sacos de magnésio da 8BPlus

Uma outra forma que encontrei para ganhar força foi comprar uma barra dessas de colocar entre o batente da porta e pagar barras e fazer bolinha (não sei o nome técnico disso, mas seria subir as pernas para fortalecer o abdômen). Tem ajudado.

 

Desistir, jamais!

A temporada de escalada em rocha começou! Espero estar preparado física e psicologicamente para praticar o esporte que tanto amo! Alinhado a uma boa alimentação, voltar a ter hábitos saudáveis, tudo começa a se encaixar.

Acredito que toda volta é preciso ter muita paciência, resiliência e pensamentos positivos, que no fim das contas o que tiver que ser será! Foco e disciplina também se encaixam nesse perfil, espero em breve retornar à rocha e encontrar novamente os amigos.

Tenho planos para escalar após o feriado da Páscoa!!!

 

Precisando de inspiração? Conheça 8 mulheres que revolucionaram o mundo outdoor

Precisando de inspiração? Conheça 8 mulheres que revolucionaram o mundo outdoor

Você sabia que a pessoa mais jovem do mundo a escalar um boulder de grau V15 (a dificuldade máxima) é uma menina? E você conhece a história da neo-zelandesa que deu a volta ao mundo em bicicleta, sozinha, nos anos 50? E a primeira mulher a ir para o espaço, e somar mais horas em órbita que todos os astronautas americanos juntos na época? E a moça que atravassou o deserto australiano na companhia somente de um cachorro e quatro camelos? E a pesquisadora que passou 50 anos estudando chimpanzés na Tanzânia e redefiniu o conceito de ser humano?

Como em quase todas as coisas do mundo, a vida outdoor ainda sofre com o machismo velado. As meninas sabem o que é isso, ter que responder as mesmas perguntas e ouvir os mesmos comentários de sempre: “você vai fazer isso sozinha?”, “mas não é perigoso?”, “Você não precisa de ajuda?”, “mas a mochila não está pesada demais?”.

Mas a verdade é que existem muitas mulheres espetaculares por aí, e que não, elas não precisam de nossa ajuda para serem incríveis. Elas nos assombram com sua força de vontade e sua capacidade de vencer obstáculos, e servem de inspiração para superarmos nossos próprios limites e nos tornarmos pessoas melhores.

Separamos uma lista com 8 mulheres aventureiras que decidiram seguir seus sonhos e revolucionaram (ou estão revolucionando) suas áreas de atuação. A história de cada uma é uma lição que as mulheres podem, sim, ser tão boas quanto qualquer homem no que quer que seja.

Que chegue logo o momento em que essa afirmação faça parte do senso-comum e não precisemos mais reforçar isso quase diariamente. Até lá, seguimos firmes na luta. 

São elas, as 8 guerreiras:

 

1 – Ashima Shiraishi

Ashima Shiriashi

Ashima tem apenas 17 anos e já é considerada uma das maiores escaladoras do mundo e a melhor escaladora adolescente da atualidade, de ambos os gêneros. Aos 13 anos, ela se tornou a segunda mulher e a pessoa mais nova a escalar uma via 9a/9a+ Fr (11c/12a Br). Aos 14, mandou Horizon, um boulder V15, então o grau máximo de dificuldade da modalidade. Ela é a pessoa mais jovem a conquistar esses graus, e a única mulher do mundo a ter um V15 na lista de conquistas.

Seus próximos objetivos? Escalar um boulder V16, uma via 9a+/9b Fr (12a/12b Br) e, é claro, competir nas Olimpíadas de 2020. Ao que parece, é só uma questão de tempo.

 

2 – Lynn Hill

Lynn Hill

O que se pode dizer de um dos maiores personagens da história da escalada? Lynn Hill já era uma grande referência da escalada tradicional e esportiva nos anos 80 e 90, vencendo quase 30 títulos internacionais e projetando a escalada feminina a um patamar inédito na história.

Mas não foi seu sucesso nas competições que que transformou Lynn Hill em um mito da escalada. Lynn voltou para a escalada tradicional com talvez o objetivo mais ambicioso do esporte na época: escalar em livre (sem o uso de equipamentos para auxiliar na ascensão) o The Nose, a rota mais difícil do Parque Nacional de Yosemite, considerado por muitos a meca da escalada.

Após um ano de tentativas em 1989, ela voltou ao problema quatro anos depois, dessa vez atingindo o topo. Um ano depois repetiu a façanha, desta vez em menos de 24 horas, consolidando uma das maiores conquistas da história do esporte.

 

3 – Jane Goodall

Retrato Jane Goodall

Jane Goodall é uma das maiores cientistas naturais do século XX e a maior especialista do mundo em chimpanzés.

Nascida em uma família humilde da Inglaterra, ela chegou à África em 1957 como secretária do famoso paleontólogo Louis Leakley. Ela passaria grande parte de seus próximos 50 anos no Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia, estudando os hábitos de vida de uma população de chimpanzés.

Entre outros avanços, ela foi responsável pela descoberta de que esses animais comem carne, criam e usam ferramentas primitivas e inclusive testemunhou cenas de canibalismo. Essas descobertas mudaram o modo de enxergar esses animais, revolucionou a pesquisa científica e redefiniu os conceitos do que nos torna seres humanos.

“Agora precisamos redefinir o que significa ferramenta e o que significa ser humano, ou aceitar os chimpanzés como seres humanos,” brincou seu mentor Leakley após Jane apresentar o resultado de suas pesquisas.

Sua vida e seu trabalho são retratados no documentário Jane, a Mãe dos Chimpanzés, disponível no Netflix.

 

4 – Robyn Davidson

Robyn Davidson atravessou mais de 2.700 quilômetros do deserto australiano sozinha, apenas na companhia de seu cachorro e quatro camelos. A viagem durou nove meses e foi realizada em 1977, quando ela tinha 27 anos.

Ela lançou um livro sobre sua aventura, Tracks, sem tradução brasileira. Em 2013, foi lançado um filme de mesmo nome inspirado na proeza.

Depois desta jornada, Robyn seguiu viajando para estudar o estilo de vida de grupos nômades da Austrália, Índia e Tibete, e publicou vários outros livros sobre suas experiências. Ela escreve:

“Quando que nós causamos menos danos a nós mesmos, ao meio ambiente e às demais espécies animais? Uma resposta é: quando éramos nômades. Foi quando nos tornamos sedentários que nos transformamos em estranhos em uma terra estranha, e vagar se tornou uma espécie de exílio”

 

5 – Louise Sutherland

Louise Sutherland e sua bicicleta na Índia, em 1953

Louise Sutherland deu a volta ao mundo de bicicleta sozinha muito antes de qualquer um aqui pensar em nascer.

Ela já pedalava longas distâncias no seu tempo de enfermeira na Inglaterra, mas em 1949 decidiu ir mais longe. Ela comprou uma bicicleta usada por duas libras (!!!) em um bazar, prendeu um trailer atrás e saiu para desbravar o mundo. Ela voltou para Londres em 1956 após pedalar por toda Europa, Oriente Médio e Ásia.

Não satisfeita, em 1978, já com 52 anos, decidiu atravessar a recém construída rodovia transamazônica, quando toda a região era muito mais erma do que é hoje. Ela começou a viagem sem saber trocar o pneu da bicicleta.

Suas aventuras viraram dois livros: a volta ao mundo é contada em I Follow the Wind, sem lançamento no Brasil, e sua travessia amazônica é narrada em Amazônia, a Viagem Quase Impossível (Ed. Totalidade, 1982).

 

6 – Carol Emboava

Carol Emboava

Carol Emboava pedalou 18 mil quilômetros da América do Sul, a maior parte deles sozinha. Paulista de Taubaté, sua viagem e sua energia aparentemente infinita já serviram de motivação para dezenas de ciclistas, mulheres e homens, querendo colocar o pé na estrada.

Você pode conferir um pouco de sua aventura com os podcasts no portal Extremos e suas fotos no Instagram.

 

7 – Amelia Earhart

Amelia Earhart

Amelia Earhart foi uma pioneira da aviação e grande defensora dos direitos das mulheres, em uma época em que ainda pouca gente falava sobre isso. Ela foi a primeira mulher a cruzar o Atlântico pilotando um avião, em 1928, e estabeleceu diversos outros recordes de aviação.

Ela escreveu livros sobre suas experiências de voo e foi fundamental para a organização de mulheres que desejavam pilotar aviões (atividade estritamente masculina no início do século XX)

Amelia desapareceu misteriosamente no Oceano Pacífico enquanto tentava realizar um voo ao redor do planeta em 1937.  

 

8 – Valentina Tereshkova

Retrato da cosmonauta Valentina Tereshkova

Valentina Tereshkova deu 48 voltas ao redor da terra em junho de 1963. Foi a primeira mulher a ir para o espaço, e até hoje a única mulher a entrar em órbita em um voo solo.

Nas 71 horas de duração do viagem espacial, ela sofreu com náuseas, vômitos, dores na canela direita e desconforto psicológico. Na aterrisagem, correu o risco de cair dentro de um lago, o que teria significado sua morte, pois não teria forças para nadar até a margem.

Seus três dias a bordo da nave espacial Vostok V eram então mais tempo no espaço que todos os astronautas norte-americanos tinham juntos.

Depois de sua missão, ela entrou para a política e lutou para colocar mais mulheres no programa espacial russo. Valentina é até hoje considerada heroína nacional e defensora dos direitos da mulher na Rússia.

Não dá para ser mais outdoor que isso.

Azar em dobro: as duas fraturas consecutivas de Raphael Nishimura e sua recuperação para voltar ao esporte

Azar em dobro: as duas fraturas consecutivas de Raphael Nishimura e sua recuperação para voltar ao esporte

Por Raphael Nishimura

Quem é capaz de quebrar o mesmo osso em menos de 12 meses?

Eu!! Como alguns sabem, em agosto de 2017 sofri uma queda de bike durante uma prova de longa duração. O desafio teria pouco mais de 120 km, mas logo nos primeiros três quilômetros eu fui fechado e tocado por outra bike: quando você está atrás e é tocado na roda na frente, você literalmente sai voando por cima da bicicleta e nesse voo eu aterrissei em cima do meu ombro esquerdo, sofrendo assim uma grande quebra na clavícula. Ler mais

Mad Rock chega ao Brasil com linha de sapatilhas e acessórios para escalada

Mad Rock chega ao Brasil com linha de sapatilhas e acessórios para escalada

Bem-vinda ao time, Mad Rock.

A Mad Rock é uma das empresas mais inovadoras de material de escalada do mundo. Suas sapatilhas, crash pads e acessórios são referência em questão de design, tecnologia e acessibilidade – e a partir de agora, estão disponíveis para o público brasileiro na loja virtual da SBI Outdoor

PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO! Na compra de qualquer sapatilha Mad Rock, ganhe um boné SnapBack! Mas corra, promoção válida para os 10 primeiros clientes!

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Sonho de escalador: conquistando o Pão de Açucar pela primeira vez

Sonho de escalador: conquistando o Pão de Açucar pela primeira vez

Por Raphael Nishimura

E finalmente eu consegui escalar do Pão de Açúcar!

Uma escalada que sonhava desde 2008, quando eu comecei a escalar na rocha. Mas por diversos fatores eu nunca havia me dado a oportunidade, mesmo viajando para o Rio de Janeiro diversas vezes.

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