Precisando de inspiração? Conheça 8 mulheres que revolucionaram o mundo outdoor

Precisando de inspiração? Conheça 8 mulheres que revolucionaram o mundo outdoor

Você sabia que a pessoa mais jovem do mundo a escalar um boulder de grau V15 (a dificuldade máxima) é uma menina? E você conhece a história da neo-zelandesa que deu a volta ao mundo em bicicleta, sozinha, nos anos 50? E a primeira mulher a ir para o espaço, e somar mais horas em órbita que todos os astronautas americanos juntos na época? E a moça que atravassou o deserto australiano na companhia somente de um cachorro e quatro camelos? E a pesquisadora que passou 50 anos estudando chimpanzés na Tanzânia e redefiniu o conceito de ser humano?

Como em quase todas as coisas do mundo, a vida outdoor ainda sofre com o machismo velado. As meninas sabem o que é isso, ter que responder as mesmas perguntas e ouvir os mesmos comentários de sempre: “você vai fazer isso sozinha?”, “mas não é perigoso?”, “Você não precisa de ajuda?”, “mas a mochila não está pesada demais?”.

Mas a verdade é que existem muitas mulheres espetaculares por aí, e que não, elas não precisam de nossa ajuda para serem incríveis. Elas nos assombram com sua força de vontade e sua capacidade de vencer obstáculos, e servem de inspiração para superarmos nossos próprios limites e nos tornarmos pessoas melhores.

Separamos uma lista com 8 mulheres aventureiras que decidiram seguir seus sonhos e revolucionaram (ou estão revolucionando) suas áreas de atuação. A história de cada uma é uma lição que as mulheres podem, sim, ser tão boas quanto qualquer homem no que quer que seja.

Que chegue logo o momento em que essa afirmação faça parte do senso-comum e não precisemos mais reforçar isso quase diariamente. Até lá, seguimos firmes na luta. 

São elas, as 8 guerreiras:

 

1 – Ashima Shiraishi

Ashima Shiriashi

Ashima tem apenas 17 anos e já é considerada uma das maiores escaladoras do mundo e a melhor escaladora adolescente da atualidade, de ambos os gêneros. Aos 13 anos, ela se tornou a segunda mulher e a pessoa mais nova a escalar uma via 9a/9a+ Fr (11c/12a Br). Aos 14, mandou Horizon, um boulder V15, então o grau máximo de dificuldade da modalidade. Ela é a pessoa mais jovem a conquistar esses graus, e a única mulher do mundo a ter um V15 na lista de conquistas.

Seus próximos objetivos? Escalar um boulder V16, uma via 9a+/9b Fr (12a/12b Br) e, é claro, competir nas Olimpíadas de 2020. Ao que parece, é só uma questão de tempo.

 

2 – Lynn Hill

Lynn Hill

O que se pode dizer de um dos maiores personagens da história da escalada? Lynn Hill já era uma grande referência da escalada tradicional e esportiva nos anos 80 e 90, vencendo quase 30 títulos internacionais e projetando a escalada feminina a um patamar inédito na história.

Mas não foi seu sucesso nas competições que que transformou Lynn Hill em um mito da escalada. Lynn voltou para a escalada tradicional com talvez o objetivo mais ambicioso do esporte na época: escalar em livre (sem o uso de equipamentos para auxiliar na ascensão) o The Nose, a rota mais difícil do Parque Nacional de Yosemite, considerado por muitos a meca da escalada.

Após um ano de tentativas em 1989, ela voltou ao problema quatro anos depois, dessa vez atingindo o topo. Um ano depois repetiu a façanha, desta vez em menos de 24 horas, consolidando uma das maiores conquistas da história do esporte.

 

3 – Jane Goodall

Retrato Jane Goodall

Jane Goodall é uma das maiores cientistas naturais do século XX e a maior especialista do mundo em chimpanzés.

Nascida em uma família humilde da Inglaterra, ela chegou à África em 1957 como secretária do famoso paleontólogo Louis Leakley. Ela passaria grande parte de seus próximos 50 anos no Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia, estudando os hábitos de vida de uma população de chimpanzés.

Entre outros avanços, ela foi responsável pela descoberta de que esses animais comem carne, criam e usam ferramentas primitivas e inclusive testemunhou cenas de canibalismo. Essas descobertas mudaram o modo de enxergar esses animais, revolucionou a pesquisa científica e redefiniu os conceitos do que nos torna seres humanos.

“Agora precisamos redefinir o que significa ferramenta e o que significa ser humano, ou aceitar os chimpanzés como seres humanos,” brincou seu mentor Leakley após Jane apresentar o resultado de suas pesquisas.

Sua vida e seu trabalho são retratados no documentário Jane, a Mãe dos Chimpanzés, disponível no Netflix.

 

4 – Robyn Davidson

Robyn Davidson atravessou mais de 2.700 quilômetros do deserto australiano sozinha, apenas na companhia de seu cachorro e quatro camelos. A viagem durou nove meses e foi realizada em 1977, quando ela tinha 27 anos.

Ela lançou um livro sobre sua aventura, Tracks, sem tradução brasileira. Em 2013, foi lançado um filme de mesmo nome inspirado na proeza.

Depois desta jornada, Robyn seguiu viajando para estudar o estilo de vida de grupos nômades da Austrália, Índia e Tibete, e publicou vários outros livros sobre suas experiências. Ela escreve:

“Quando que nós causamos menos danos a nós mesmos, ao meio ambiente e às demais espécies animais? Uma resposta é: quando éramos nômades. Foi quando nos tornamos sedentários que nos transformamos em estranhos em uma terra estranha, e vagar se tornou uma espécie de exílio”

 

5 – Louise Sutherland

Louise Sutherland e sua bicicleta na Índia, em 1953

Louise Sutherland deu a volta ao mundo de bicicleta sozinha muito antes de qualquer um aqui pensar em nascer.

Ela já pedalava longas distâncias no seu tempo de enfermeira na Inglaterra, mas em 1949 decidiu ir mais longe. Ela comprou uma bicicleta usada por duas libras (!!!) em um bazar, prendeu um trailer atrás e saiu para desbravar o mundo. Ela voltou para Londres em 1956 após pedalar por toda Europa, Oriente Médio e Ásia.

Não satisfeita, em 1978, já com 52 anos, decidiu atravessar a recém construída rodovia transamazônica, quando toda a região era muito mais erma do que é hoje. Ela começou a viagem sem saber trocar o pneu da bicicleta.

Suas aventuras viraram dois livros: a volta ao mundo é contada em I Follow the Wind, sem lançamento no Brasil, e sua travessia amazônica é narrada em Amazônia, a Viagem Quase Impossível (Ed. Totalidade, 1982).

 

6 – Carol Emboava

Carol Emboava

Carol Emboava pedalou 18 mil quilômetros da América do Sul, a maior parte deles sozinha. Paulista de Taubaté, sua viagem e sua energia aparentemente infinita já serviram de motivação para dezenas de ciclistas, mulheres e homens, querendo colocar o pé na estrada.

Você pode conferir um pouco de sua aventura com os podcasts no portal Extremos e suas fotos no Instagram.

 

7 – Amelia Earhart

Amelia Earhart

Amelia Earhart foi uma pioneira da aviação e grande defensora dos direitos das mulheres, em uma época em que ainda pouca gente falava sobre isso. Ela foi a primeira mulher a cruzar o Atlântico pilotando um avião, em 1928, e estabeleceu diversos outros recordes de aviação.

Ela escreveu livros sobre suas experiências de voo e foi fundamental para a organização de mulheres que desejavam pilotar aviões (atividade estritamente masculina no início do século XX)

Amelia desapareceu misteriosamente no Oceano Pacífico enquanto tentava realizar um voo ao redor do planeta em 1937.  

 

8 – Valentina Tereshkova

Retrato da cosmonauta Valentina Tereshkova

Valentina Tereshkova deu 48 voltas ao redor da terra em junho de 1963. Foi a primeira mulher a ir para o espaço, e até hoje a única mulher a entrar em órbita em um voo solo.

Nas 71 horas de duração do viagem espacial, ela sofreu com náuseas, vômitos, dores na canela direita e desconforto psicológico. Na aterrisagem, correu o risco de cair dentro de um lago, o que teria significado sua morte, pois não teria forças para nadar até a margem.

Seus três dias a bordo da nave espacial Vostok V eram então mais tempo no espaço que todos os astronautas norte-americanos tinham juntos.

Depois de sua missão, ela entrou para a política e lutou para colocar mais mulheres no programa espacial russo. Valentina é até hoje considerada heroína nacional e defensora dos direitos da mulher na Rússia.

Não dá para ser mais outdoor que isso.

Precisamos falar mais sobre mulheres na escalada

Precisamos falar mais sobre mulheres na escalada

Hoje é 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Nada de flores ou fotos bonitas com frases de efeito para compartilhar nas redes sociais. Para viver bem o dia de hoje – dia de luta e conquista – resolvemos explorar um fenômeno que todos já perceberam que vem acontecendo nos ginásios e na rocha, mas ainda tem pouca gente falando sobre isso:

As mulheres estão mandando muito na escalada. Ler mais

Já ouviu falar do Centro de Escalada Urbana?

O Centro de Escalada Urbana (C.E.U.), idealizado por Andrew Lenz, é um projeto social de escalada para jovens das periferias do Rio de Janeiro. Fundada em 2010, tem como foco tornar a escalada mais acessível as comunidades do Rio, com o propósito de encorajar os jovens a buscar novos caminhos, além de promover um desenvolvimento e estilo de vida saudável e uma relação forte com o esporte e a natureza.

De acordo com Andrew, o projeto começou realizando palestras, montando muros de escalada em eventos comunitários e convidando grupos de jovens para escalar, mas foi quando firmaram uma parceira com Escola de Surfe da Rocinha que conheceram um grupo de jovens que abraçaram a escalada. “Jonas foi o primeiro aluno que fez um curso básico com a gente. Desde então ele já guiou vias no Dedo de Deus, Pico Maior, ganhou um campeonato de boulder, construiu nosso muro na Rocinha, foi monitor do projeto, foi o primeiro a se formar do nosso programa de bolsista, concluiu o segundo grau, tirou passaporte e passou 3 meses na Suécia. Agora já tá trabalhando de carteira assinada e visando a faculdade. Temos muito orgulho desse menino que se tornou homem. Não escala tanto quanto antes mas ainda tá passeando nas vias de sexto grau”, orgulha-se Andrew.

Em 2017, o C.E.U. ganhou uma sede na favela da Rocinha e aos poucos este espaço foi se transformando em uma academia de escalada.

Jonas, primeiro aluno a fazer um curso básico com o C.E.U. (Crédito: Andrew Lenz)

 

De acordo com o idealizador, mais de 100 alunos já passaram pelo projeto, e atualmente conta com 20 jovens, que frequentam regularmente o espaço. As dificuldades para manutenção do projeto são muitas, mas a vontade em mantê-lo vivo, faz com que parcerias ao longo do caminho fortaleçam este propósito e colaborem para a manutenção da estrutura e dos monitores que trabalham no projeto hoje.

“A SBI outdoor, assim como o C.E.U., acredita na importância do esporte como ferramenta sustentável para aproximar pessoas, trabalhar valores e estreitar o contato com a natureza. Por isso, quando surgiu a ideia de fechar esta parceria, ficamos extremamente contentes em poder contribuir”,  explica Lidiane Saita, gerente comercial da SBI outdoor.

5% das vendas do site da SBI outdoor, nos meses de janeiro e fevereiro de 2019, foram destinados para o C.E.U. As vendas realizadas até o dia 06 de março de 2019 ainda serão doadas para o projeto. 

Aproveita para entrar no nosso site www.sbioutdoor.com.br e adquirir aquele equipo que está precisando. Contribua  com esta causa e incentive os jovens das comunidades do RJ a prática da escalada. 

 

Assista ao vídeo apresentação do Centro de Escalada Urbana. 

 

 

Mad Rock chega ao Brasil com linha de sapatilhas e acessórios para escalada

Mad Rock chega ao Brasil com linha de sapatilhas e acessórios para escalada

Bem-vinda ao time, Mad Rock.

A Mad Rock é uma das empresas mais inovadoras de material de escalada do mundo. Suas sapatilhas, crash pads e acessórios são referência em questão de design, tecnologia e acessibilidade – e a partir de agora, estão disponíveis para o público brasileiro na loja virtual da SBI Outdoor

PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO! Na compra de qualquer sapatilha Mad Rock, ganhe um boné SnapBack! Mas corra, promoção válida para os 10 primeiros clientes!

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Escalada nas Olimpíadas: como será a competição e o que já mudou por causa dos Jogos

Escalada nas Olimpíadas: como será a competição e o que já mudou por causa dos Jogos

A Escalada Esportiva fará sua estreia nas Olimpíadas de Tóquio de 2020.

A notícia não é nova para o mundo de escalada, que sabe disso desde 2016, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) declarou a lista dos cinco novos esportes a serem incluídos nesta edição (surfe, skate, karatê e baseball/softball também entraram).

A notícia foi recebida com entusiasmo – talvez até pequenas doses de euforia – por muitos atletas e fãs do esporte. Dois anos se passaram desde então, e agora faltam menos de dois anos para esse evento que deverá influenciar muito a popularidade e a atenção da mídia que a escalada tem hoje.

O que podemos esperar desses jogos olímpicos? Como as modalidades vão funcionar? O que já mudou para a escalada no Brasil? Ler mais