Quer treinar força no braço para evoluir na escalada? Tente isso primeiro.

Quer treinar força no braço para evoluir na escalada? Tente isso primeiro.

Quer treinar força no braço para evoluir na escalada? Tente isso primeiro.

Por Thaís Makino

Olá, escaladores!

Já faz algum tempo que venho ensaiando umas dicas que eventualmente as pessoas me pedem, e normalmente as perguntas são parecidas e tem o mesmo conteúdo, o que me deu a ideia de transformar isso num pequeno texto voltado aos escaladores intermediários que estão procurando evoluir e que talvez interesse a outras pessoas com dúvidas parecidas.

A primeira coisa que sempre me dizem antes mesmo de começar a conversa é: “Preciso ganhar mais força no braço para fazer vias mais difíceis.”

Pode até ser verdade em alguns casos, mas na maioria das vezes existem dezenas de fatores que podem ser melhorados antes ou paralelamente a isso.

Então antes de achar que falta puxar barras, você pode primeiro fazer uma análise simples, mas sincera da sua própria escalada, pedindo ajuda também de um colega se quiser, alguém que saiba como você escala e não tenha medo de falar a verdade, o que parece bobeira, mas é essencial!

Sozinho ou com a ajuda de alguém, procure estabelecer seus pontos fracos e também seus pontos fortes.

Divida esses pontos em categorias e priorize. Se seus pés escapam quase sempre das agarras menores ou você não consegue emendar um movimento sequer se ele tiver uma característica específica – um dinâmico em regletes, por exemplo – você pode partir daí para melhorar.

Questione o porquê daquele seu ponto fraco ser justamente o seu ponto fraco e tente entender o que faz você cair. Utilizando o exemplo dado acima: é o movimento dinâmico que não se concretiza porque o corpo não compreende/reproduz a movimentação ou é a mão que não aguenta fechar em uma agarra menor? E o abdômen, está segurando seu tronco?

Além de fazer uma autocrítica, observe quem escala com mais eficiência que você, troque ideias com escaladores de estilos parecidos com o seu e estilos muito diferentes, tente aprender com quem resolve as movimentações de uma maneira que você nunca pensaria.

E mais uma vez questione, pois há movimentos que servem melhor a outras pessoas. Inclua esses aprendizados no seu repertório de movimentos e tente se manter consciente sobre o que você possui e o que faz falta em sua escalada.

Se houver tempo no meio de tanta coisa para se pensar, explore também seus pontos fortes, potencializando o que você tem de melhor, procurando entender como esse desequilíbrio entre pontos fortes e fracos influenciam o seu jeito de escalar.

Em 100% das vezes ter uma consciência corporal em constante desenvolvimento e ter humildade para se reinventar e reaprender quando necessário vai te ajudar a escalar com mais leveza e a ter controle sobre o próprio corpo.

Espero ter ajudado e espero em breve voltar com mais dicas!

Felipe Fontes

Ciclista apaixonado, escalador iniciante e jornalista nas horas vagas. Largou tudo e viveu em sua bike por três anos, desbravando 18 estados brasileiros e 13 países em dois continentes. Hoje vive de tomar banho de cachoeira em Carrancas, sul de Minas Gerais.

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